Indicadores de saúde bucal em uma amostra de pacientes hispânicos diagnosticados com transtorno do espectro autista

Resumo

Objetivo: Este estudo teve como objetivo determinar o estado de saúde bucal e as disparidades de saúde associadas de pacientes pediátricos com transtorno do espectro do autismo (TEA).

Métodos: Este estudo de caso-controle não pareado recrutou 22 indivíduos com diagnóstico de TEA (casos) e 27 sem TEA (controles) com idades entre 5 e 18 anos. Dois dentistas calibrados realizaram exames odontológicos para cárie e gengivite em todos os indivíduos. Os pais/cuidadores preencheram questionários sociodemográficos e de determinantes sociais de saúde bucal. Conforme apropriado, as comparações entre grupos foram realizadas utilizando qui-quadrado, teste exato de Fisher, teste t e teste de Mann-Whitney. As associações entre TEA e índices de saúde bucal foram determinadas por meio de modelos logísticos, de Poisson e de regressão linear.

Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para dificuldade de encontrar serviços odontológicos para pacientes com TEA (p=0,014) e problemas de comportamento durante consultas odontológicas (p=0,012). Crianças com TEA tiveram chances significativamente menores de cárie (CPOD+dft>0) em comparação com crianças sem TEA (OR=0,121; IC 95%: 0,023; 0,636). Modelos ajustados por idade e sexo mostraram um índice gengival significativamente menor entre aqueles com TEA.

Conclusão: Pacientes com TEA apresentaram melhor saúde bucal do que os controles. As barreiras ao tratamento de pacientes com TEA foram a falta de acesso a atendimento odontológico e a residência em área rural.