Orientação Técnica sobre Cuidados com Procedimentos de Sedação durante o Confinamento e Pós-Conclusão Declarada para Pandemia pela COVID-19

Resumo

Da Organização Mundial da Saúde, um discurso global foi feito pelo Diretor Geral, Dr. Tedros Adhanom, em 11 de março de 2020, no qual ele declarou a situação da pandemia do coronavírus. Devido à rápida disseminação da doença em todos os países do mundo, há mais de 6.500.000 pessoas infectadas e quase 400.000 mortes em todo o mundo. A partir de junho, o epicentro da pandemia está em países como os Estados Unidos e a América Latina, onde o Brasil representa o país com o maior número de casos na região.1,2 Esta situação representa uma preocupação não só para a organização mundial de saúde, mas também para todos os governos da região, devido ao efeito devastador que a pandemia pode ter na América Latina devido à evidente limitação dos recursos de saúde, o que pode provocar o colapso dos sistemas de saúde e aumentar significativamente o número de fatalidades causadas pelo vírus.2

Em resposta ao número crescente de casos de VIDOC-19 durante a pandemia de 2020, muitos governos da América Latina declararam estado de emergência, o que levou à imposição de quarentena e restrições ao movimento normal dos cidadãos.

Essas medidas visam isolar os habitantes, evitar o contato próximo entre as comunidades a fim de diminuir a velocidade da infecção e salvaguardar a saúde das pessoas mais vulneráveis. Esta limitação na atividade normal dos cidadãos implica a suspensão das atividades escolares e universitárias, a suspensão de eventos e shows massivos, o fechamento de atividades comerciais, a limitação ao transporte público, entre outras medidas.

As restrições também incluem a redução na prestação de serviços de saúde ambulatoriais ou eletivos, tratamentos realizados em consultórios de dentistas e somente tratamentos urgentes ou não-possíveis são permitidos (desde que o atraso nos tratamentos possa ser prejudicial à saúde do paciente). Neste contexto, os governos exigem que não se exponha a saúde dos pacientes, nem a do pessoal de saúde que trabalha nos consultórios, bem como uma ação responsável, respeitando as medidas estabelecidas pelas secretarias de saúde e autoridades governamentais de cada país.3,4

Entretanto, é necessário se preparar em paralelo para o período seguinte à crise criada pela pandemia. Protocolos oficiais específicos estão sendo desenvolvidos atualmente para implementar claramente como os cuidados odontológicos e pediátricos devem ser iniciados na prática diária, após o confinamento, a fim de trabalhar com as melhores garantias de proteção aos pacientes e à equipe de saúde. 5,6

Com base neste contexto, este documento foi escrito, o qual apresenta um plano de cuidados com uma série de diretrizes que podem ser úteis no atendimento de pacientes no consultório odontológico. Devido à grande incerteza representada pela alta porcentagem de pacientes assintomáticos infectados na América Latina, deve haver diretrizes muito claras que forneçam estratégias de cuidado eficazes a fim de evitar a propagação do coronavírus nas áreas de cuidados clínicos onde os pacientes são atendidos. É importante ressaltar que este documento é dinâmico e deve ser atualizado periodicamente à medida que informações científicas mais relevantes são publicadas.